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Zuck mostra que não está para brincadeiras
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Bom dia, no Money Docs de hoje você vai ver:
— Apple vira o jogo na China
— Meta compra empresa de IA por uma bolada
— Previsão da Selic
— Trump lucrou uma bolada com golf, redes sociais e até criptos
— BPC dispara 33% e ascende aleta fiscal
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Money Docs, Edição número 110 de segunda-feira, 17/06/2025
Apple vira o jogo na China: iPhones disparam nas vendas após 3 anos de queda
NEGÓCIOS

Parecia impossível… mas aconteceu. Depois de três anos seguidos perdendo espaço na China, a Apple deu uma virada histórica.
Entre abril e maio deste ano, os iPhones foram os smartphones mais vendidos no país, desbancando gigantes locais como Huawei, Xiaomi e Oppo.
O que mudou?
A grande virada veio graças a uma estratégia agressiva de descontos. Plataformas como o Taobao e o Tmall, do Alibaba, fizeram promoções pesadas nos modelos iPhone 16.
Resultado? Milhões de chineses correram para aproveitar os preços mais baixos.
Além disso, com o cenário econômico e as tarifas de importação, muitos consumidores estão antecipando compras ou buscando formas de pagar menos, o que também ajudou a Apple a surfar essa onda.
O melhor trimestre em anos
O impacto foi global: as vendas de iPhones no mundo todo cresceram 15% só nesses dois meses.
Foi a maior participação de mercado da Apple para esse período desde a pandemia.
E não para por aí: Japão, Oriente Médio e principalmente a Índia também mostraram crescimento de dois dígitos nas vendas.
Mas… é só fogo de palha?
Apesar da festa, especialistas alertam: ninguém sabe se a Apple vai conseguir manter esse ritmo até o fim do ano.
Muita gente acredita que sem esses descontos agressivos, o fôlego pode acabar.
A pergunta que fica: a Apple está de volta de vez ou só surfou uma boa promoção?
Meta compra 49% da Scale IA por US$14,9 bilhões e CEO vai liderar o time
NEGÓCIOS

A Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, acaba de anunciar um dos maiores investimentos de sua história: US$ 14,3 bilhões (cerca de R$ 76 bilhões) para adquirir uma participação de 49% na Scale AI, startup fundada por Alexandr Wang, de apenas 28 anos.
Com o negócio, a Scale passa a ser avaliada em mais de US$ 29 bilhões, tornando-se a segunda maior aquisição da história da Meta, atrás apenas da compra do WhatsApp, em 2014.
Alexandr Wang: da Scale para o comando de um novo laboratório de IA na Meta
Além do investimento financeiro, a Meta também confirmou que Alexandr Wang vai se juntar à companhia para liderar um novo laboratório dedicado ao desenvolvimento de “superinteligência”, termo usado no setor para descrever a busca pela criação de IA Geral (AGI) — sistemas capazes de superar o desempenho humano em tarefas intelectuais complexas.
Wang deixará o cargo de CEO da Scale, assumindo um assento no Conselho de Administração da startup, que continuará operando de forma independente.
Jason Droege, atual diretor de estratégia da Scale, será o CEO interino.
Por que a Meta investiu tanto?
Segundo a Meta, o foco do investimento é acelerar a produção de dados para treinar modelos avançados de IA.
A Scale AI é uma das maiores fornecedoras mundiais de serviços de rotulagem e anotação de dados, fundamentais para o treinamento de sistemas de inteligência artificial.
Boa parte desse trabalho é feito por equipes fora dos EUA, em países com custo de mão de obra mais baixo.
Mas além da tecnologia e da infraestrutura de dados, analistas apontam que o grande atrativo do acordo foi o próprio Wang e sua equipe.
O movimento é classificado como uma das maiores “acquihires” da história, termo usado para descrever aquisições cujo objetivo principal é a contratação de talentos estratégicos.
Quem é Alexandr Wang?
Filho de imigrantes chineses, Alexandr Wang cresceu nos EUA, onde os pais trabalharam como físicos no desenvolvimento de armas para o exército americano.
Depois de se destacar em competições de matemática, Wang entrou no MIT, mas abandonou a faculdade com menos de um ano para fundar a Scale AI ao lado de Lucy Guo, também de origem chinesa.
A Scale rapidamente se tornou peça-chave no ecossistema global de IA, fornecendo dados para clientes como OpenAI, Google e Microsoft.
Em uma postagem nas redes sociais, Wang comemorou o acordo com a Meta, chamando-o de um “marco significativo” e uma “validação do trabalho” de sua equipe.
Tendência de mercado: bilionários brigam por cérebros
A estratégia da Meta segue uma tendência entre as big techs. Em 2023, a Microsoft investiu US$ 650 milhões para trazer Mustafa Suleyman, cofundador da Inflection AI.
Já o Google desembolsou US$ 2,7 bilhões para atrair Noam Shazeer, da Character.AI.
Agora, com Alexandr Wang no time, a Meta aposta em acelerar a corrida pela criação da próxima geração de inteligências artificiais.
Selic deve ficar em 14,75% na próxima reunião do Copom
ECONOMIA

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve manter a taxa Selic em 14,75% ao ano na próxima reunião, marcada para a quarta-feira, 18, segundo projeção divulgada pelo UBS BB nesta sexta-feira (13).
A expectativa do banco é que essa decisão marque o fim do atual ciclo de alta dos juros no Brasil, adotando agora uma estratégia de juros altos por um período prolongado.
Fim do ciclo de alta, mas sem cortes à vista
O relatório do UBS BB destaca que, no último comunicado, o Banco Central usou a expressão “o comitê seguirá vigilante”, que historicamente tem sinalizado estabilidade na taxa de juros nas reuniões seguintes.
Desde 2019, toda vez que essa frase foi usada, o Copom não alterou a Selic no encontro subsequente.
“Acreditamos fortemente que o BC parou o ciclo de alta e vai adotar uma abordagem ‘high for long’ (juros altos por um longo período)”, afirma o documento.
Quando virá o primeiro corte?
Na avaliação do banco, a primeira redução da Selic não deve acontecer antes de abril de 2026, como forma de garantir que a inflação volte para a meta de 3% ao ano no horizonte relevante para a política monetária.
Um cenário alternativo, segundo os analistas, seria um corte já em março de 2026, com probabilidade maior do que em junho. Ainda assim, o banco acredita que o Banco Central agirá com cautela.
“Quando o BC começar a cortar a Selic, o ritmo será de 50 pontos-base por reunião”, prevê o relatório.
Caso esse cenário se concretize, a expectativa é que a taxa termine 2026 em 11,75%, com possibilidade de atingir 9% no longo prazo.
Inflação acima da meta até 2026
O UBS BB também projeta que o IPCA, principal índice de inflação do país, ficará acima da meta nos próximos dois anos:
5% em 2025
4% em 2026
Esse cenário reforça a visão de que o Banco Central vai manter uma postura conservadora, evitando cortes prematuros na taxa de juros.
Trump lucrou mais de US$ 600 milhões com cripto, golf e muito mais
FINANÇAS

Foto: Reprodução | O Globo
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou ter ganhado mais de US$ 600 milhões (cerca de R$ 3,2 bilhões) em 2024 com seus negócios.
Entre as fontes de renda estão criptomoedas, campos de golfe, redes sociais e até licenciamento de projetos em países como Vietnã, Índia e Dubai.
Criptomoedas: um novo filão
Nos últimos anos, Trump começou a ganhar dinheiro também com o mundo das criptos. Parte da sua renda veio de NFTs, que são imagens digitais colecionáveis que podem ser vendidas na internet, além de outras formas de investimento nesse mercado.
Clubes de golfe, imóveis e a rede Truth Social
Boa parte da fortuna de Trump ainda vem dos seus famosos clubes de golfe espalhados pelos EUA e de empreendimentos imobiliários no exterior.
Outro destaque é a Truth Social, sua própria rede social, que também rendeu milhões.
Quanto ele tem?
No total, Trump declarou ter pelo menos US$ 1,6 bilhão em patrimônio (algo em torno de R$ 8,5 bilhões), segundo uma análise da agência Reuters. Esse número inclui tudo: imóveis, empresas, participações em redes sociais e investimentos em criptomoedas.
Polêmicas e críticas
Mesmo dizendo que os filhos administram seus negócios, Trump ainda aparece como o dono de tudo no papel. Por isso, ele continua sendo criticado por possíveis conflitos de interesse — ou seja, usar o cargo público para ganhar dinheiro nos negócios privados.
Governo diz que está tudo certo
A Casa Branca respondeu que Trump e sua equipe fizeram os cursos de ética obrigatórios e entregaram todos os documentos de forma transparente, como manda a lei.
BPC dispara 33% e ascende alerta sobre gastos do governo
ECONOMIA

Você sabia que em mais de 1.100 municípios brasileiros o governo já gasta mais com o BPC do que com o Bolsa Família? Pois é… e esse número só cresce.
O BPC (Benefício de Prestação Continuada) virou uma das despesas sociais que mais aumentaram nos últimos anos. Só de 2023 pra cá, o número de cidades nessa situação mais que dobrou.
O que é o BPC?
O BPC é um benefício pago pelo governo federal para dois públicos:
Idosos com 65 anos ou mais em situação de baixa renda
Pessoas com deficiência (de qualquer idade), incluindo crianças, também em situação de vulnerabilidade
E o valor não é pouco: R$ 1.518 por mês para cada beneficiário, o equivalente a um salário mínimo. Para comparação: a média do Bolsa Família gira em torno de R$ 660 por família.
Por que está crescendo tanto?
Nos últimos três anos, o número de pessoas recebendo o BPC subiu 33%, com 1,6 milhão de novos beneficiários. Hoje, o programa já atende 6,2 milhões de brasileiros.
Mas o que explica esse boom?
Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), os motivos são vários:
Mudanças na lei (2020): Agora, mais de uma pessoa da mesma família pode receber o BPC.
Reforma da Previdência (2019): Ficou mais difícil se aposentar, então muita gente idosa migrou para o BPC.
Reconhecimento de novas deficiências: Como o caso do autismo, que hoje representa 17% dos benefícios pagos para pessoas com deficiência.
Mutirão para reduzir fila do INSS: O governo flexibilizou os processos e acelerou as aprovações.
Aumento real do salário mínimo: Quanto maior o mínimo, mais pessoas ficam abaixo da faixa de renda exigida para ter direito ao benefício.
Judicialização: Muitos cidadãos têm buscado a Justiça para garantir o direito ao BPC.
Quanto custa tudo isso?
Só em 2025, o governo prevê gastar R$ 112 bilhões com o BPC, contra R$ 158 bilhões com o Bolsa Família.
Mas se o ritmo continuar assim, o BPC pode, em poucos anos, superar o Bolsa Família no total de gastos.
Cidades que já recebem mais BPC que Bolsa Família
Esse fenômeno não acontece só em cidades pequenas. Capitais como Curitiba, Belo Horizonte, Goiânia, Campo Grande e Recife já estão nessa lista.
Mas também aparecem no ranking cidades pequenas como:
Não-Me-Toque (RS)
Agronômica (SC)
Vitória Brasil (SP)
Itororó (BA)
O desafio para o futuro
O BPC é essencial para milhões de famílias vulneráveis, mas o crescimento acelerado levanta um alerta: como garantir que o benefício continue chegando para quem realmente precisa sem explodir o Orçamento público?
Nos próximos anos, o governo vai ter que decidir: mantém o ritmo, endurece as regras ou busca novas fontes de financiamento?
Como fechou os mercados em 16/06/2025
🇧🇷Ibovespa: 149.206 pts
💸Dólar: R$6,24
📉S&P500: 6033,11 pts
🇪🇺Euro: R$6,35
₿Bitcoin: R$591.7K
💲Etherium: R$14.1K
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Até quinta
Nas sextas e nas quintas pra você, as 6:07. Alguns servidores de e-mails são pirracentos as vezes e acabam por não notificar ou até pior, mandam para a caixa de spam, dê uma olhada nesses lugares.