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Café, tênis e avião
Bom dia, no Money Docs de hoje você vai ver:
— Starbucks, Nike e Boeing se vê com o mesmo problema
— Credaluga apta R$22 milhões
— Alta em Wall Street, mas climinha de risco ainda ronda por ali
— Tesouro dos EUA manda a real sobre os empréstimos
— Recorde de vendas no online
let’s go!
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Money Docs, Edição número 104 de terça-feira, 29/10/2024
As novas lideranças do tênis, café e avião
NEGÓCIOS

Foto: Reprodução
Três gigantes americanas — Starbucks, Nike e Boeing — estão em uma fase complicada, cada uma com um novo CEO encarregado de “dar uma boa faxina” para tentar recuperar o brilho de outros tempos.
Starbucks: Reacender a Faísca do Café
Para a Starbucks, as coisas estão amargas. O relatório de lucros divulgado recentemente mostra o terceiro trimestre seguido de queda nas vendas, com um tombo de 10% nos EUA e de 14% na China — algo não visto desde o início da pandemia.
A situação foi tão preocupante que a Starbucks suspendeu suas projeções financeiras para o restante do ano, dando espaço ao novo CEO, Brian Niccol, para reformular a estratégia da marca.
Niccol, que vem da Chipotle e é conhecido como “o cara que salva empresas em espiral”, promete reformar cardápios e reforçar o time de atendimento. "Precisamos reconectar com nosso DNA", afirmou. É um desafio grande até para ele, mas sua visão é clara: dar à Starbucks uma cara mais próxima de sua essência.
Nike: Em Busca de Um Retorno ao Topo
Na Nike, o calo está apertando. As ações caíram 25% este ano e a receita teve uma queda de 10% no último trimestre. O novo CEO, Elliott Hill, entra em cena com a missão de enfrentar a concorrência feroz de marcas jovens, como Hoka e On, além de consertar erros estratégicos internos.
Mesmo com pouco tempo de casa, Hill já garantiu a renovação da parceria da Nike com a NBA e a WNBA, um movimento para assegurar o logo da Nike em quadras de basquete pelo menos por mais doze temporadas. Essa estratégia mostra que ele pretende reforçar a presença da marca onde ela sempre foi forte.
Boeing: Tempestade Nos Céus
A situação na Boeing é mais turbulenta. Desde que Kelly Ortberg assumiu o comando em agosto, o céu não tem estado nada de brigadeiro.
A greve dos trabalhadores, que já dura seis semanas, custa à Boeing cerca de US$ 1 bilhão por mês, e na quarta-feira (23), os funcionários rejeitaram a oferta de retorno ao trabalho.
No mesmo dia, a Boeing reportou um prejuízo colossal de US$ 6 bilhões no trimestre — um dos maiores de sua história.
Esse revés se soma a anos marcados por escândalos de segurança e qualidade, que minaram seriamente a reputação da empresa.
Assim como seus colegas de Starbucks e Nike, Ortberg está vasculhando os valores que construíram a empresa para tentar decolar novamente. Resta ver se, com essas estratégias, as três gigantes vão conseguir redescobrir o caminho para o sucesso.
Fintech para soluções de aluguel capta R$22 milhões
NEGÓCIOS

Foto: Reprodução
A fintech CredAluga, especializada em soluções financeiras para o mercado de aluguel, acaba de garantir um investimento seed de R$ 22 milhões para acelerar sua expansão. Esse investimento foi liderado pela Caravela Capital, com a participação de fundos como Honey Island by 4UM, Norte Ventures, Terracota Ventures e FJ Labs.
Com o novo capital, a CredAluga pretende intensificar os investimentos em tecnologia e lançar novos produtos ao longo do próximo ano.
O cofundador e co-CEO, Daniel Santos, que possui experiência de mais de uma década no setor imobiliário, aponta que o foco inicial da CredAluga foi testar a viabilidade do modelo antes de buscar investimentos externos.
A decisão deu bons resultados, permitindo que a empresa escalasse de forma sustentável e com economia saudável. “Agora, com o produto mais maduro, estamos prontos para expandir”, afirma Daniel.
A CredAluga atua em um modelo B2B2C, operando exclusivamente por meio de parcerias com imobiliárias para oferecer alternativas que substituem a fiança tradicional.
Esse diferencial elimina a necessidade de fiador, reduz a burocracia e aumenta a segurança no processo de aluguel.
A fintech, fundada em 2022, já possui 500 imobiliárias parceiras e, com o novo capital, pretende fortalecer o produto principal e criar novas soluções, incluindo garantias de aluguel e seguros em parceria com seguradoras.
Para 2024, a CredAluga projeta um faturamento de R$ 30 milhões e planeja conquistar 5 mil novos parceiros nos próximos quatro anos, visando um market share de 15% até 2029.
Com clima para risco, bolsas de NY fecham em alta
INTERNACIONAL

Foto: Reprodução
As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta segunda-feira (28) em meio a um clima de alívio no mercado, após ataques de Israel que não atingiram instalações de petróleo do Irã, o que fez o preço do petróleo cair cerca de 6%.
Esse movimento impulsionou ações de companhias aéreas, enquanto enfraqueceu o desempenho de empresas petrolíferas.
No fechamento:
Dow Jones subiu 0,65%, para 42.387,57 pontos.
S&P 500 avançou 0,27%, chegando a 5.823,52 pontos.
Nasdaq teve alta de 0,26%, marcando 18.567,19 pontos.
Dentre os destaques, a Alphabet subiu 0,88% em antecipação ao balanço de terça-feira, enquanto Microsoft caiu 0,36% e Meta teve alta de 0,86% antes de divulgarem resultados na quarta-feira. Na quinta, a Apple (+0,86%) e a Amazon (+0,31%) também apresentarão seus balanços.
Setor de energia e aéreo:
Ações da Chevron (-0,18%) e Exxon Mobil (-0,49%) recuaram com a queda do petróleo, enquanto American Airlines (+3,42%), Delta Airlines (+2,33%) e United Airlines (+1,94%) registraram ganhos.
Outros destaques:
Boeing caiu 2,79% após anunciar possível aumento de capital entre US$ 19 e US$ 22 bilhões.
Nvidia teve queda de 0,72% após testes de máximas recordes na sexta-feira.
Ford subiu 2,71% antes de seu balanço.
McDonald’s subiu 1,44% após informar que o surto de E. coli não está relacionado à carne bovina do Quarter Pounder.
3M avançou 4,44%, para US$ 130,29, com o JPMorgan elevando o preço-alvo para US$ 165.
Procept BioRobotics subiu 32% após reportar prejuízo menor no terceiro trimestre e melhorar suas projeções para o ano.
Pelo mundo
Meta Fiscal e Bloqueio no Orçamento:
O governo anunciou bloqueio de mais R$ 2,1 bilhões, totalizando R$ 13,3 bilhões em 2024, mas economistas apontam que isso ainda não é suficiente para cumprir a meta fiscal.
A receita líquida do Executivo subiu R$ 4,4 bilhões, permitindo a reversão de R$ 3,8 bilhões contingenciados anteriormente.
Projeções de Arrecadação Reajustadas:
Estimativa de ganhos do governo com decisões no Carf foi reduzida de R$ 55 bilhões para R$ 847 milhões até o fim do ano.
Subvenções ao ICMS, antes estimadas em R$ 35,3 bilhões, caíram para R$ 9,4 bilhões.
Indústria Automotiva e Apoio Governamental:
A Volkswagen está considerando cortes de empregos devido a altos custos e competição. O governo alemão está analisando formas de apoiar a montadora.
Mudança de Liderança na G4 Educação:
Tallis Gomes renunciou ao cargo de CEO da G4 Educação após repercussão negativa de comentários machistas, e Maria Isabel Antonini assumiu o cargo de CEO.
Sem previsões de estimativas, disse o Tesouro dos EUA
INTERNACIONAL

Foto: Reprodução
Imagine que o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos está administrando um cartão de crédito com limite generoso, mas não ilimitado, e precisa tomar decisões bem pensadas para não estourar o orçamento.
Primeiro, o Tesouro anunciou que está dando uma maneirada no quanto pretende pegar emprestado neste último trimestre do ano.
Em vez de tomar emprestados os US$ 565 bilhões que tinha previsto lá em julho, agora o plano é reduzir para US$ 546 bilhões. Uma economia de US$ 19 bilhões, como quem decide pular aquele cafezinho caro só para dar uma aliviada no bolso.
Esse valor emprestado faz parte de uma meta: o Tesouro quer ter US$ 700 bilhões no caixa até o fim de dezembro.
—Isso significa que eles calcularam um valor inicial maior no saldo de caixa para começar o trimestre, mas ao longo dos meses, esperam um fluxo de entrada e saída de grana um pouco menor do que o previsto.
—Agora, sobre o que vem pela frente: para o primeiro trimestre de 2025, o Tesouro já está pensando em pegar emprestados US$ 823 bilhões, tentando chegar a um saldo de caixa de US$ 850 bilhões.
Em resumo, eles já estão de olho no quanto vão precisar emprestar para manter o caixa bem abastecido no ano novo.
Um detalhe interessante é que no último trimestre (o terceiro), o Tesouro acabou pedindo mais do que tinha planejado.
Foram US$ 762 bilhões emprestados e o saldo final chegou a US$ 886 bilhões, ou seja, US$ 22 bilhões a mais do que o esperado. É como se tivessem estimado uma fatura de cartão e, no final, gastaram um pouquinho além do previsto.
Comércio eletrônico batendo recordes, diz FecomercioSP
ECONOMIA

Imagem: Reprodução
O comércio eletrônico no Brasil está com tudo e deve quebrar o recorde de vendas em 2024, segundo a FecomercioSP.
No ano passado, o setor já havia batido seu próprio recorde com uma receita impressionante de R$ 205,1 bilhões.
Esse otimismo de crescimento vem de alguns fatores-chave, como a taxa de desemprego que está mais baixa e o aumento de 5,1% nas vendas do varejo físico no primeiro semestre.
—No entanto, em 2023, mesmo com a marca histórica, o crescimento foi tímido, com uma expansão anual de apenas 0,2%. Essa lentidão está ligada a questões econômicas, como a alta taxa de inadimplência entre as famílias de São Paulo (24%) e os juros nas alturas.
O estudo também destaca a pandemia como um divisor de águas para o e-commerce. Em 2020, o setor cresceu 80,9% em relação ao ano anterior.
—Foi o momento em que a facilidade de comprar online, a entrega mais rápida e o acesso ampliado ao cartão de crédito impulsionaram de vez o mercado digital.
São Paulo aparece como o grande centro do comércio eletrônico, concentrando 32% das vendas do setor. Minas Gerais e Rio de Janeiro vêm em seguida, mostrando que esses estados lideram as compras online no Brasil.
Como fechou os mercados 28/10/2024
🇧🇷Ibovespa: 131.212,44 pts
💸Dólar: R$5,71
📉S&P500: 5.823,55 pts
🇪🇺Euro: R$6,16
₿Bitcoin: R$348.1K
💲Etherium: R$12.9K
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